Actividades 2006/2007 da Escola Secundária de Caldas de Vizela: Entrevista à Presidente da Associação de Estudantes

Actividades 2006/2007 da Escola Secundária de Caldas de Vizela

segunda-feira, novembro 20, 2006

Entrevista à Presidente da Associação de Estudantes


Dia 16 de Novembro, final de um dia de greve na nossa escola. Altura perfeita para saber as conclusões desta greve. Para isto, nada melhor do que falarmos com a responsável principal – a Presidente da Associação de Estudantes – Sandra Monteiro.

Começámos por a questionar sobre as razões de fazer esta greve. Sandra responde, de uma forma convicta e sem hesitar, “Fizemos esta greve para que os alunos pudessem lutar pelos seus direitos”, pois diz sentirem-se “indignados por terem aulas de substituição” não concordando com “a nova reforma adoptada pela Ministra da Educação (Maria de Lurdes Rodrigues)”. Faz ainda referência a que esta greve foi feita por todo país, dizendo que “estão a prejudicar todos os alunos”. Conclui com grande firmeza que querem “lutar contra a resignação e o conformismo!”.
Sandra faz uma interrogação retórica e dá como exemplo a disciplina considerada o papão dos estudantes, para explicar por que não fazem sentido as aulas de substituição: “Falta o professor de matemática e vem outro fazer a substituição. Esse professor vai-me ajudar a resolver os problemas desta disciplina?”. Considerando, no entanto, que se fosse um professor da mesma disciplina a fazer essa substituição, as aulas de substituição já fariam todo o sentido, salienta que “isso não acontece aqui nesta escola”. Conclui que, caso se verificasse isso nesta escola, “esta greve já não existiria”. Questionada, entretanto, se não achava que não existem condições nesta escola para que isso aconteça, Sandra mostra-se indecisa sobre esta questão, admitindo não conhecer se existem professores suficientes para fazer esse tipo de substituição.
Segundo Sandra, esta greve serviu essencialmente para “que os pais abram os olhos e compreendam que os alunos estão a ser prejudicados tal como os professores”, referindo que “os nossos pais querem ver-nos nestas aulas de substituição que não têm lógica nenhuma” pois eles “ouvem a ministra a falar na televisão e pensam que ela é uma santa e está a fazer isto para o melhor dos alunos”. Sandra pensa que a ministra é uma manipuladora, pois “dá sempre a volta a todas as questões que lhe fazem quando a criticam”. Considera que, no geral, o objectivo não foi cumprido, mostrando novamente que está também ao lado dos professores, quando diz que “esta greve deveria ser colectiva, professores e alunos… sermos os dois grupos um conjunto”, para que formássemos uma maior força, e pressionaria de uma forma mais expressiva a Ministra da Educação.
Sobre a afluência da greve na nossa escola, Sandra mostra-se reticente quando é pedido uma percentagem, dando o valor de “cerca de 75%”, e salienta: “alguns alunos tiveram teste e não poderíamos estar a pedir a esses alunos que faltassem”. Esperava, no entanto, “que todos os alunos fizessem parte desta greve”, admitindo que “não foi uma greve que fizemos com uma grande preparação, o que levou a que os alunos não estivessem a contar”.
Sandra promete que, “se a ministra continuar” cega e “com estas ideias malucas”, certamente que “continuaremos a revoltar-nos contra ela”, pois é da opinião que “naquela cabeça” outras coisas poderão surgir.
Aproveitámos também para saber como está a correr este primeiro mês de actividade por parte desta nova associação. Sandra começa por dizer com orgulho que “esta associação é muito dinâmica e muito trabalhadora”. Diz-nos que o plano de actividades já foi aprovado pelo Conselho Pedagógico, “faltando apenas tratar de pequenas coisas”.
Informou que a associação começou pela remodelação do seu posto de trabalho, mas “ainda não está terminada”; levou uma nova pintura, “já temos sofás, secretárias e móveis novos”, e acrescentou que “o chão vai ser mudado”.
Para concluir a entrevista, Sandra conta-nos que estão “com um novo projecto em mãos – o polivalente. Esse projecto já está a ser falado com o professor Horácio Vale, e poderá ser desenvolvido em breve”.

Agradecemos a simpatia e a disponibilidade total com que Sandra nos recebeu na sua Associação de Estudantes.


2 Comments:

  • Acho que a greve do passado dia 16 foi um erro a nivel da organização,muitos dos alunos nem sequer sabiam que era greve e nem sabiam quais os motivos pela qual foi organizada.
    Acho que esta entrevista foi importante para esclarecer os alunos sobre a greve e os motivos pela qual foi organizada.

    By Anonymous Anónimo, at 23 novembro, 2006 10:58  

  • Gostaria de vos dar os parabéns, pois foi uma grande entrevista. Estais na área de informática, mas se estivessem na área de comunicação social, teriam um grande futuro pela frente...
    Esta entrevista é superiormente melhor que a do "Notícias de Vizela".
    Parabéns e continuai

    By Anonymous Anónimo, at 24 novembro, 2006 19:30  

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