Actividades 2006/2007 da Escola Secundária de Caldas de Vizela: Prever o tempo na Escola

Actividades 2006/2007 da Escola Secundária de Caldas de Vizela

quinta-feira, novembro 09, 2006

Prever o tempo na Escola

Verão de S. Martinho
Todos os anos, quando o sol começa a ficar mais inclinado, os dias mais curtos e as noites mais longas, as folhas caem e as árvores ficam com os troncos despidos como a gritar para o céu a perda daquelas folhas carregadas, no passado, de clorofila e agora amarelecidas. Nesta altura costumamos ser abençoados com uns dias calmos e cálidos, avivando as saudades dos dias quentes de Verão. É o «Verão de S. Martinho». É a preparação psicológica para o tempo mais rigoroso, das camisolas de lã, dos gorros enfiados até às orelhas, dos impermeáveis e dos guarda-chuva. Assim reza a lenda sobre o «Verão de S. Martinho»
«Há cerca de 1600 anos, vivia na cidade de Sabária, na Hungria, um valente cabo-de-guerra romano. Quando lhe nasceu um filho (cerca do ano 316), pôs-lhe o nome de Martinho, pois Marte era, para os romanos, o deus da guerra. Para que Martinho se habituasse às lides guerreiras, o pai levava-o, ainda muito pequeno, para os acampamentos. Mais tarde, Martinho foi viver para Itália com o pai, que entretanto tinha sido transferido para Pavia. Certo dia, espavorido com uma forte trovoada, refugiou-se numa igreja, onde um bispo se encontrava a pregar um sermão sobre a vida de Cristo e dos Apóstolos. Martinho ficou tão interessado na doutrina que ouvira expor, que desde esse dia se começou a preparar para se tornar cristão. Aos 15 anos, tornou-se soldado e, pouco depois, foi enviado para Amiens, no norte da Gália.
Um dia, ao entrar na cidade, encontrou na berma da estrada um pobre a tremer de frio. Como não tinha dinheiro para lhe dar, Martinho repartiu com ele o que possuía: rasgou com a espada a capa ao meio e deu metade ao pobre. A partir deste gesto de generosidade se criou o costume, que em certas terras ainda perdura, de fazer do dia de S. Martinho um dia de «partilha». O tradicional «pão-por-Deus», que ainda existe nalgumas aldeias portuguesas, é disso exemplo.
Nessa mesma noite, Martinho teve uma visão: acordou e viu Jesus trazendo a metade da capa que ele dera ao pobre. Ficou tão contente que, logo na manhã seguinte, se dirigiu à igreja mais próxima e pediu para ser baptizado. Diz a tradição que, em memória de S. Martinho, no seu dia, nunca há frio. Daí o hábito de se designar o tempo soalheiro nas, proximidades de 11 de Novembro, por «Verão de S. Martinho».



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