O envelhecimento é uma realidade nas sociedades humanas desenvolvidas. No nosso país são várias as mudanças e os problemas económicos e sociais que envolvem os campos da saúde, do mercado de trabalho e educacional. Estas alterações resultam também nas modificações da estrutura das pirâmides etárias. Portugal, à semelhança do que se passa na União Europeia, apresenta pouco dinamismo demográfico, predominando uma estrutura etária cada vez mais envelhecida com baixos níveis de fecundidade e mortalidade. Estas modificações, aliadas à descoberta de novas tecnologias na área da saúde e as alterações politicas vigentes, tornam a relação população idosa e população activa cada vez mais próxima e condicionam diversos sectores da organização social. A questão dos idosos é pertinente, de difícil solução e tem sido um grande desafio.
O envelhecimento pode ser entendido como a consequência da passagem do tempo ou como o processo cronológico pelo qual um indivíduo se torna mais velho. Pode designar-se o envelhecimento como um processo múltiplo e complexo de contínuas mudanças ao longo do curso da vida, influenciado pela integração de factores sociais e comportamentais. A velhice deve por isso ser encarada como uma das fases da nossa vida, com problemas e descobertas como todas as outras e o idoso deve também ser encarado como um ser humano activo, participativo, saudável, uma pessoa com vontade de aprender, que quer e procura o prazer a alegria e a felicidade. A imagem que possuímos dos idosos tem-se modificado devido ao avanço das tecnologias na área da saúde, e é nesta perspectiva que o “novo idoso” é influenciado por hábitos saudáveis e estes têm proporcionado um aumento na sua esperança de vida. Não é apenas com a saúde física que o idoso do século XXI está mais cuidadoso. Ciente de que o corpo e a mente estão muito associados, ele procuram manter ambos em actividade, daí que faça cursos de informática, hidroginástica, teatro, jardinagem, etc. Os chamados “programas para a Terceira Idade”, oferecem diferentes propostas para o lazer e ocupação do tempo livre, são espaços nos quais o convívio e a interacção com e entre os idosos permitem a construção de laços simbólicos de identificação, e onde é possível partilhar e negociar os significados da velhice.
Os idosos são pessoas que precisam de uma atenção redobrada, não podem ser deixados ao acaso, não podemos pensar neles como “coisas” que quando estão a ficar gastas se deitam fora, temos que pensar nos idosos como pessoas que já trabalharam muito, já lutaram muito por si e pelos seus e agora que as forças começam a fraquejar precisam de todo o nosso amor e atenção. Os idosos são o apoio das novas gerações, muitas vezes é aos idosos que os jovens recorrem quando precisam de ajuda, pois a sua sabedoria, o capital social e o saber acumulado ao longo da vida vale muito e deve por isso ser potencializado. A velhice é uma realidade e na realidade sonhamos e como referiu Eleonor Roosevelt «O futuro pertence àqueles/as que acreditam na beleza dos seus sonhos». Segundo a sabedoria popular somos crianças duas vezes na vida: na infância e na velhice e como tal sonhemos com um futuro promissor.
Escrito por Luciana Oliveira, Marisa Freitas, Marta Meireles – 12º I
